Cap. 15 – Projetando caixas de som: Qualidade e mercado – 7 dicas para escolher um bom alto falante
O mercado de som automotivo
O mercado de alto falantes hoje em dia é um “campo minado”. Se você procurar um pouco, poderá encontrar muita coisa boa, mas duvido que não vá esbarrar em muita “bomba” que tem por aí. Fabricantes abusam da publicidade e pecam na qualidade final. Falantes coloridos, que brilham, cromados etc. Nem sempre estes adereços contribuem para a qualidade da reprodução.
Como o foco da atenção dos fabricantes está sobre o mercado automotivo e profissional, fica difícil encontrar alto-falantes pequenos destinados a outras aplicações que requerem mais qualidade. O pessoal que gosta de som residencial e hi-fi acabou prejudicado, pois nas lojas só se encontram os equipamentos automotivos, que possuem parâmetros e até formatos otimizados para serem aplicados em veículos e os profissionais, que esbanjam robustez, mas normalmente são grandes e superdimensionados para nossas aplicações.
A solução recai sobre os importados. Isto não quer dizer que você não pode usar um falante automotivo para fazer uma caixa para seu Home Theater, é na hora dos cálculos que você começara a ver grandes diferenças que irão definir sua escolha.
Como escolher um bom alto falante?
Com um pouco de vivência com os parâmetros técnicos dos alto-falantes logo você estará conseguindo separar as razões.
- De início, comece a desconfiar daquelas marcas que apresentam valores de potências absurdos. Podem estar informando potencia PMPO, que não há padrão.
- Não escolha alto-falantes de imas pequenos e bordas estreitas para caixas de sub-graves. Subwoofers possuem bordas largas para permitir grande movimento do cone do alto falante .
- Evite falantes de QTS alto (>0,5) quando você estiver querendo sistemas compactos.
- Visualmente falando, o falante que lhe proporciona bom rendimento em caixas sub-graves compactas normalmente possui ima grande (QTS baixo), e bordas largas e macias.
- É muito importante observar a qualidade e rigidez do cone, bem como a qualidade das bordas e colagens.
- Observe sempre a sensibilidade do falante (SPL). Deve estar especificada em dB W/m. Isto quer dizer que um alto falante de SPL=93dB W/m, ligado a um amplificador de 250W toca igual a outro de 90dB W/m ligado a um sistema de 500W (lembre-se que ao dobrar a potência, tem -se um ganho de +3dB ( ref. 2).
- Baseie-se também pelos anúncios e catálogos de fabricantes que já atuam a algum tempo com sucesso no ramo de sonorização profissional e hi-fi. Isto porque equipamentos de má qualidade não sobrevivem nestes mercados e provavelmente a mesma tecnologia será utilizada em seus demais produtos.
Veja também:
- Cap. 1 – Projetando caixas de som: Introdução
- Cap. 2 – Projetando caixas de som: A historia do projeto de caixas de som
- Cap. 3 – Projetando caixas de som: O som e suas propriedades
- Cap. 4 – Projetando caixas de som: o que é Decibel?
- Cap. 9 – Projetando caixas de som: Mecânica das caixas de som
- Cap. 15 – Projetando caixas de som: Qualidade e mercado – 7 dicas para escolher um bom alto falante
- Cap. 16 – Projetando caixas de som: O que é potência RMS e potência PMPO
- Cap. 17 – Projetando caixas de som: – Dicas para construção de caixas de som