Como Assim, Design?

O que é design? Como estudante de design, esta é uma pergunta que escuto com frequência, e tenho certeza você já se fez.

Não se engane pelo tamanho da palavra. Design não é tão simples de explicar. Para começar, design é uma palavra que não tem tradução direta para o português. Não, design não significa desenho. A origem desta palavra tem relação com ‘significado’ (Sign, em inglês) algo mais como ‘designar’, ‘dar significado’.

Já é um conceito interessante e revelador, até filosófico, mas neste momento gostaria de permanecer na camada mais prática, que venha a lhe dar uma boa idéia de por que cargas d’agua o nome deste profissional, dia ou outro, aparecerá rondando seu negócio.

Grandes empresas já consideram seus departamentos de design como estratégicos. O designer utiliza de criatividade e outras ferramentas para lidar com o projeto das coisas e serviços que usamos e interagimos todos os dias. Ele concebe significados, usos, funções e até a forma estética de objetos.

A placa de trânsito, eletrônicos, o sapato em seus pés, e até o fluxo de atendimento no seu banco. Todas estas coisas tem em comum um aspecto: Foram feitas para se relacionar com pessoas. E você interage com elas, por bem ou por mau. Durante nosso dia nos relacionamos com objetos e serviços de toda natureza. Alguns nos ajudam muito, outros nem tanto. E podemos dizer sem exageros que nossas melhores experiências de uso são na verdade fruto de bons projetos de design. Quando este sucesso é obtido de forma intencional, sabemos que se valeram de uma das mais importantes características do processo de design: A empatia – se colocar no lugar do outro.

IDEO MOUSE

Aqui sem demagogias, trata-se da capacidade do projetista vestir-se na pele do outro para enxergar as suas necessidades que direcionam e motivam o projeto. A empatia é a meu ver a “pedra filosofal” do designer. É uma habilidade que dificilmente nasce pronta no indivíduo, pois é diferente daquela empatia, virtude da alma, que desejamos a todos os seres humanos. Estamos falando de uma mistura de competências técnicas, capacidade de observação, experiência e repertório, que pelo trabalho do designer, transformam aquilo que seria um mero objeto, em um canal de comunicação com outra pessoa. Este é o diferencial deste profissional, que projeta observando aspectos culturais, ergonômicos, psicológicos, normativos, para obter a melhor conexão com o usuário.

Quando o design surgiu, veio resolver uma necessidade industrial de fabricação de objetos, uma demanda cada vez maior e desafiadora. Mas sempre surgem problemas novos. Hoje departamentos de design são considerados estratégicos. Já vemos designers auxiliando departamentos a aplicarem ações dentro de grandes empresas.

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Isto se deve a percepção que o método de solução de problemas que este profissional domina, pode ser empregado a outros campos do conhecimento. Por este motivo empresas que buscam inovação e processos melhores, empregam designers em diversas áreas do seu negócio, por reconhecer que este pode auxiliar principalmente no projeto de experiências melhores tanto para os clientes externos como para os internos.

O que achou? Nos próximos artigos pretendo detalhar melhor o trabalho do designer. Gostaria de conhecer melhor algum aspecto? Deixe nos comentários!